9.03.2009

O Consumidor (ou o supremo mimado)

Como vivemos em um mundo onde a ética do dinheiro prevalece sobre absolutamente todos os aspectos da existência, qualquer verme pode se dar ao direito de vociferar e inflar-se de "orgulho" por simplesmente ter dado algum valor monetário para adquirir alguma coisa (em geral bastante estúpida). O homem, então, deixa de ser um indivíduo: transforma-se nessa abstração doentia, o "consumidor".

Preciso admitir que paulistanos são os mais afetados por essa demência. Reclamam de tudo, como crianças mimadas. Principalmente em restaurantes e hotéis: queixam-se dos copos sujos, lanches que demoram, camas mal arrumadas, garçons grosseiros. Gostam de ser tratados como nobres, mas se esquecem -ou melhor, não possuem a decência de admitir a desgraça- de que somos todos miseravelmente plebeus neste mundo de shopping centers e fundos de pensão.

Um comentário:

  1. Não são somente os paulistanos, afirmo com veemência! O que se tem de nobre em ter umas notas encardidas?

    Sim, achei seu blog por acasos, procurava algo sobre Faulkner e encontrei seu texto, depois ao entrar na comunidade do LIAL, encontro de novo hehehe.

    Me encanta muito nele (Faulkner) as "múltiplas vozes" que realmente dão a fidelidade da primeira pessoa, quando li "A Rose For Emily" foi um atração certeira! ahahhaha

    Enfim, acompanharei seus textos apartir de agora.

    Manu.

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