Os que visitam o blog regularmente já perceberam as mudanças que fiz por aqui. Fontes maiores, serifadas, área de leitura mais espaçada e um novo header. Não poderia deixar de colocar nesse header uma máscara de gás, uma de minhas fascinações.
6.26.2010
Renovação
Os que visitam o blog regularmente já perceberam as mudanças que fiz por aqui. Fontes maiores, serifadas, área de leitura mais espaçada e um novo header. Não poderia deixar de colocar nesse header uma máscara de gás, uma de minhas fascinações.
6.15.2010
Carta número 1
A pior companhia que posso ter sou eu mesmo. Chafurdo na mediocridade como um porco na lama; feliz, lambuzado de todas as podridões que hipocritamente execro, torno-me lentamente um distorcido reflexo da autoimagem enganosa que tenho de mim. Projeto sonhos futuros feitos de uma matéria completamente ridícula. Construo uma casa, uma família e uma esposa ideais: nessa ilusão gosto de me demorar entre os compromissos cotidianos (imaginar a própria vida é o primeiro sintoma de que se odeia a própria vida). Então me vejo em uma ampla morada, uma arejada casa burguesa, com seu mobiliário estúpido, seus quadros estúpidos, seu cachorro de estimação estúpido; ainda não tenho filhos nessa vida imaginada e minha esposa é perfeita com um grande rabo, pernas torneadas e fome de puta. Ao mesmo tempo é completamente apaixonada e nada tem na vida a não ser a mim, o centro de seu sistema solar, o astro ao redor do qual ela orbita com a consciência de uma imbecil. Tenho dinheiro suficiente para viagens internacionais duas vezes ao ano, jantares nos restaurantes da Serra e caprichos outros dos quais as pessoas em geral se valem para gastar sem pensar muito. Tudo que foi relatado é um resumo aporcalhado dos pensamentos que eu desenvolvo até os detalhes: é assim que gasto as minhas horas, construindo mentiras.
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