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12.04.2011

"Axe is the name of mine", de Alexander Dugin - parte 3



Enfim a conclusão do ensaio do Alexander Dugin. Aproximações míticas do machado com Raskolnikóv, escatologia de verniz russo, messianismo eurasiano: está tudo aí, com a brilhante demência que só os sanguinários salvadores do mundo conseguem criar.


Boa leitura.

11.23.2011

"Axe is the name of mine", de Alexander Dugin - parte 2


Como prometido, a segunda parte da tradução do ensaio "Axe is the name of mine", do pensador russo Alexander Dugin.


Como é um ensaio longo, esse post se divide em três partes: 

Parte 1: 

Parte 2: 

Parte 3: 


Nessa segunda parte prevalece uma discussão sobre conceitos religiosos. É a  necessária ambientação para o final do ensaio, onde Dugin mostra claramente a sua visão apocalíptica sobre o romance máximo da literatura russa, encerrando com um verdadeiro chamado às armas .


11.18.2011

"Axe is the name of mine", de Alexander Dugin - parte 1


Esse post é a tradução do texto “Axe is the name of mine”, do russo Alexander Dugin, onde ele propõe uma bizarra e interessantíssima interpretação metafísica do romance "Crime e castigo", de Dostoiévski.

Como é um ensaio longo, esse post se divide em três partes:



Parte 3: 

Dugin é o principal intelectual do Eurasianismo, movimento surgido nos anos 1920 que clama ter a Rússia uma identidade completamente diferente da Europa Ocidental. Os eurasianistas consideram a Revolução Bolchevique como uma reação do espírito russo à sua rápida e degradante modernização, e que compete agora, aos eurasianistas de hoje, unir a grande Mãe Rússia e suas regiões de influência – Cáucaso, Irã, Georgia e, mais recentemente, Turquia – em um bloco de rejeição contra o Atlanticismo, termo geopolítico cunhado por Dugin para designar o domínio norte-americano sobre o mundo. É o Eurasianismo, segundo Dugin, uma nova revolução anti-americana, cujos aspectos são a princípio políticos e econômicos, mas também tem profundas dimensões militares, culturais e espirituais.

Não bastasse o texto de Dugin tratar de um dos meus romances prediletos, a sua interpretação metafísico-simbólica do texto é absurdamente magnífica – quer você concorde com as idéias lunáticas dele ou não. Aliás, o grande valor de Dugin está justamente na sua predisposição ao extremo, ao combate franco e aberto e, por que não dizer, a de ser o profeta-líder desse novo mundo eurasiano - pretensão que se harmoniza perfeitamente com o seu próprio semblante messiânico.

É  na voz dos extremistas que muitas vezes o dínamo do motor da história se mostra mais claramente. Dugin é um dos pensadores extremos do mundo de hoje. Ouvir o que ele tem a dizer mostra que ainda há ferocidades presentes em vários lugares do globo e que a nostalgia de uma grandiosa Rússia ainda move corações e mentes que parecem estar prontos para o assassinato.

Como é um texto relativamente longo, eu o publicarei em três partes. A próxima divulgarei na terça-feira que vem, dia 22 de novembro.

Agora, o texto.