No dia que o Sol alcança o ponto mais alto em sua trajetória anual, no Solstício de Verão, e onde nós aqui no Hemisfério Sul vivenciamos o dia mais
longo como um símbolo da explosão de calor e luminosidade que marca o início da
mais quente das estações, me pego em reflexões sobre como esses momentos de
transição solar foram absorvidos pelas mais diversas religiões no mundo, dando
a esse acontecimento atributos transcendentes – e de que forma podemos ter
neles símbolos positivos de mudança e pontos de conexão com energias
espirituais transformadoras.
Já é bastante sabido que o Natal, comemorado no 25 de dezembro,
apropriou-se das comemorações do solstício de inverno que
ocorriam no hemisfério norte. A data mais significativa do calendário cristão
nasce portanto trazendo consigo esse momento especial da roda das estações, onde
vários povos festejavam o início do inverno, estação de recolhimento onde os
homens procuravam o conforto do lar para enfrentar os rigores gélidos que
estavam apenas se iniciando. Comemorar o solstício de inverno, a mais longa das
noites que é a noite de Yule, onde o Sol alcança o ponto mais baixo de sua
trajetória no horizonte, é comemorar também o início da ascensão desse astro
que, ao longo dos meses vindouros, irá pouco a pouco subir novamente até
alcançar seu pico de calor e transformação. O nascimento de Cristo comemorado
nesse contexto se apropria dessa espécie de “promessa de retorno” do Sol ao seu
patamar de plena luminosidade, transformando-a na mensagem da Boa Nova
messiânica, com o Filho de Deus feito carne para salvar o mundo.
O mito de Jesus é apenas um entre tantos outros onde deuses nascem
de virgens. Mitra é um deles: amplamente cultuado pelas elites guerreiras
romanas, alguns historiadores sustentam que foi por apenas uma questão de fé pessoal
de Constantino que o Ocidente se tornou cristão, trocando o culto mitraico importado
da Pérsia por um outro não menos exótico, vindo também do sedutor Oriente... (escrevi
sobre esse assunto nesse link aqui). Nem era preciso, entretanto, ir para a
Pérsia para ter um deus nascido em 25 de dezembro: em Roma já se cultuava nesse
dia o deus frígio Áttis, filho de Cibelle que, tal como Maria, concebeu a seu
primogênito intocada.
Cito esses exemplos não com a intenção de “desconstruir o Natal”, apontando-o
como uma festa originariamente “pagã” que o cristianismo deturpou. Um estudo
sério do cristianismo, especialmente do catolicismo medieval, mostra para quem
quiser ver o quanto de “paganismo” existe dentro da própria fé cristã, sendo o
Natal apenas um desses elementos. O que eu gostaria de demonstrar com esses
exemplos é que, se não é “correto” dizer que o Natal é cristão, da mesma forma
é incorreto dizer que a data é pagã: o paganismo nunca foi uma coisa única e
universal, antes é um adjetivo onde se enquadra tudo aquilo que não é cristão.
Há miríades de deuses, credos e divindades sob a rubrica paganismo; e querer
atribuir a elas a primazia sobre uma data, como se um específico credo tivesse
direito de propriedade inalienável sobre ela, é não compreender a dinâmica impermanente
das sociedades humanas, como elas produzem e alteram significados e, também,
como diferentes símbolos, em diferentes lugares do tempo e espaço, conseguiram
trazer para as comunidades que os adotaram uma série de valores transcendentes
sobre morte e renascimento, símbolos estes que traduzem certas energias
presentes nos ciclos da natureza e nas infindáveis rondas do mundo acausal (ou espiritual, como queiram chamar).
O caminho que pretendo seguir com esse texto é menos o da
contingência desses símbolos e suas incontáveis configurações e mais em buscar
o que existe além deles, em uma perspectiva tradicional, onde as
divisões entre sagrado e profano, entre mundo material e espiritual, são
meramente nomenclaturas técnicas: na perspectiva da Tradição, todos os aspectos
da vida são Um.
Se no hemisfério norte o Natal se comemora perto do solstício de
inverno, que ocorre em 21 de dezembro, aqui no lado sul do planeta nós temos o
início do verão, a estação da luminosidade e do calor, onde o Sol se mostra em
toda a sua exuberância. Astro fundamental em todas as mitologias conhecidas, na
esmagadora maioria considerado como símbolo da energia masculina e da ação
afirmativa, o Sol é conectado com a essência da própria vida: ao redor dele a
Terra gira (ou esta gira em torno daquele, como amiúde se acreditava) , assim como todas as atividades humanas giram em torno de sua ascensão
e declínio no horizonte. A natureza se agita e vibra com sua tórrida presença,
e se aquieta no sono quando ele se recolhe. Espiritualmente é o símbolo da
vontade e da realização; assim, podemos assumir que comungar dessa energia é
ter consigo o desejo de realizar da vida todas as suas potencialidades através da Ação. Não se trata, porém, de um agir descontrolado e irrefletido – isso é o
Caos, donde pode-se muito obter (falarei disso mais adiante), mas que
essencialmente é incapaz de criar qualquer coisa. A ação dotada de energia
solar é plena, calma e soberana – não é por acaso que chamam o Sol de o “Astro
Rei”. Os antigos das tradições extremo-orientais tinham para a ação tipicamente solar a expressão “ação sem agir”; com uma expressão de mesmo significado, Krishna disse a Arjuna no Bhagavad Gita que este deveria combater seus parentes na batalha de Kurukshetra sem se afeiçoar a sua ação em si, mas sim "de modo desinteressado”, isto é, desenvolver a capacidade de atuar no mundo sem se deixar levar pelo resultado das próprias
ações, em se fazer o que deve ser feito com um olhar de pura transcendência
e de obediência a desígnios mais elevados. Mola propulsora de uma série de
acontecimentos, mas sem se identificar totalmente com suas próprias ações –
ação que não é contaminada pela inconstância e tortuosidade do agir. A alegoria
de ser o eixo de uma roda em movimento, que é a responsável pelo movimento mas
se mantém no centro atuando e, visto de fora, como se estivesse parado, é também uma imagem da sabedoria védica, e que bem explica esse estado de pura ação que é visto como imobilismo.
Estamos falando de um alto domínio de si mesmo, da capacidade de
atuar no mundo sendo como o Sol – exuberante, vivo, impulsionador da vida e fonte
de inspiração para quem o contempla. Alcançar
tal domínio não significa ter um excesso de energia solar consigo, mas sim tê-la
de modo equilibrado. Como sua contraparte energética, o Sol tem a Lua, astro
que surge no céu quando o primeiro inicia seu movimento de descida no
horizonte. Falemos agora, portanto, da misteriosa Lua, e de como ela é uma parte
fundamental para todos aqueles que buscam o avivamento das energias solares.
A Lua tem uma natural conexão com energias femininas: suas fases,
cujo completude leva 28 dias, relaciona-se diretamente com os ciclos
menstruais. Nas mais diferentes mitologias, a Lua também foi considerada como a
depositária dos aspectos obscuros da espiritualidade, relacionando-se com as
energias dos submundos e das divindades agressivas e perigosas. Na árvore
cabalística relaciona-se com Yesod, sephira que rege o mundo astral, as imagens
do subconsciente e dos sonhos; sua contraparte qliphótica é Gamaliel, qlipha
onde residem os aspectos descontrolados e obsessivos da sexualidade e do desejo
em toda a sua selvageria primitiva. Como ilustração de sua natureza “maligna”,
cito Blavastky do Volume I de “A Doutrina Secreta”:
“A Lua é hoje o frio
resíduo, a sombra arrastada pelo corpo novo [nota: ela refere-se aqui à Terra] para
o qual se fez a transfusão de seus poderes e princípios de vida. Está agora
condenada a seguir a Terra durante longos aeons, atraindo-a e sendo por ela
atraída. Incessantemente vampirizada por sua filha, vinga-se impregnando-a
com a influência nefasta, invisível e venenosa que emana do lado oculto de sua
natureza. Pois é um corpo morto, e no entanto vive. As partículas
de seu cadáver em decomposição estão cheias de vida ativa destruidora, embora o
corpo que elas anteriormente formavam esteja sem alma e sem vida. Em
consequência, suas emanações ao mesmo tempo são benéficas e maléficas – circunstância
que encontra seu paralelo na terra, no fato de que é nas sepulturas onde as
ervas e plantas medram e se desenvolvem com mais viço, sem embargo das
exalações morbígenas dos cadáveres nos cemitérios. Como os fantasmas e os vampiros,
e Lua é amiga dos feiticeiros e inimiga dos imprudentes. Desde as eras arcaicas
até os tempos mais próximos, conhecidas são a sua natureza e suas propriedades,
tanto pelas feiticeiras da Tessália e por alguns dos atuais praticantes do
tantrismo na Bengala, como por todos os ocultistas; mas para os físicos
permanecem um livro fechado.”
Conhecer as energias lunares através da experiência crua,
vivenciando seus aspectos profundos através do mergulho em nossa psique e do
contato com forças espirituais obscuras, nutre-nos com uma seiva potencialmente
transformadora. Tais energias tem elementos caóticos em suas essências,
advindos de sua conexão esotérica com a morte. São simultaneamente perigosas e
apaixonantes: desejos desenfreados, imundícies que escondemos dos demais, silenciamentos
dolorosos de coisas que nos envergonham e toda sorte de segredos que, se
viessem às claras perante o mundo, nos faria
sofrer o peso da lei; também há nessas energias a vibrante dimensão erótico-thanática que excita os sentidos, que envolve os que
nela buscam se aprofundar com recompensas sedutoras que, se não se tomar os
devidos cuidados, atam-nos em um sem número de correntes escravizantes. Chega-se
a esse contato com as energias lunares das mais diferentes formas: meditação,
cultos necromânticos, experiência psicodélicas (ayahuasca e jurema, não por
acaso, são bebidas que carregam nomes femininos: a Jiboia e a Rainha,
respectivamente) e outras práticas mágico-espirituais que se fundamentam em aspectos
obscuros. Mas não é a única via de acesso a essas dimensões profundas emanadas
da Lua: a psicologia, especialmente a linha junguiana, mostrou uma via a essas
energias de um modo que a sensibilidade moderna, essencialmente ateia e materialista,
conseguiu aceitar satisfeita já que é “científica” (a falsa dicotomia entre ciência
e religião/espiritualidade continua muito forte hoje em dia, acirrada ainda
mais durante a pandemia do Covid-19 sobre a questão das vacinas: o problema é
que as posturas mais beligerantes anti e pró ciência são feitas por pessoas que
grosso nada entendem de ciência, e apostam suas fichas na radicalização
lacradora que não podemos nem sequer chamar de debate; especificamente no campo
da psicologia, as pesquisas de Stanislav Grof, cuja abordagem da psique humana reúne
em uma síntese absolutamente original as perspectivas freudianas e junguianas,
o trauma do nascimento e as experiências espirituais dos povos às margens da
civilização, é o que de mais atual e rico temos nesse campo, onde método
científico e espiritualidade caminham conjuntamente na busca pelo conhecimento
de si e do mundo, e serve como inspiração para ver essa falsa dicotomia como ela
é de fato – armadilha discursiva que, sob o manto da autoridade do “especialista”,
aprisiona o olhar para um recorte materialista e profano do real).
Seja qual for a via tomada para essa descida aos labirintos das
energias lunares, estamos diante de um teste de força: seja pelas energias
acausais agressivas com que estabelecemos contato, um mergulho profundo em nossos
traumas através da terapia psicanalítica ou em rituais com uso de enteógenos, o
que vivenciamos pode ser metaforicamente explicado como uma batalha. Sangramos
no processo, e muitas vezes sangramos em demasia, encontrando nessas
experiências os limites de nossas forças internas, que parecem desmoronar e
que, se formos adiante mais e mais, de fato se esfacelarão; o raio atinge a Torre,
fazendo-a cair em escombros, sangue e caos; a “terapia de choque” auto
infligida coloca nosso valor sob testes rigorosos; testemunhamos, na forja de
nossa Vontade, o esmorecimento do nosso Eu, até que nada mais sobre – é nesse
momento de crise profunda, de uma crise que pode levar muitos a uma falência
nos limites do irremediável, é nesse ponto que conseguimos nutrir nosso íntimo com potências
restauradoras, sólidas e vigorosas; alimento em formato de pensamentos,
imagens, sonhos, visões e todos os tipos de mensagens vindas do acausal, que
muitas vezes levamos tempo para devidamente interpretar racionalmente mas que
estão lá, suculentas e vivas, em seu mistério simbólico que nos deixa em estado
de maravilhamento.
Para os seres do sexo masculino, os alimentos gestados no contato
com a energia lunar são devidamente absorvidos quando recebemos os aspectos numinosos do Sol. É mediante a influência de suas energias naturalmente criadoras que a
seiva lunar se multiplica em vida e realidade para os homens. Diferente das mulheres,
que gestam a si mesmas nas energias lunares e que tem a dádiva – exclusiva das
fêmeas – de estarem diretamente conectadas com a Lua através do sangue menstrual,
os homens não conseguem estabelecer uma conexão com a energia lunar sem passar
pelo Sol. Para que não se tenha dúvidas: o Sol também nutre as mulheres assim
como a Lua, mas é com elas e apenas com elas que a energia lunar se mostra em
toda a sua obscura realeza, com as três faces da Deusa – mãe, puta e anciã –
unidas em pureza infinita de forma absolutamente natural.
Aos homens isso é interdito, pelo menos nessa dimensão profunda
que as fêmeas conseguem experienciar quase que espontaneamente. Por isso que o
homem vive quase como se fosse uma prova iniciática o contato com as energias
lunares, tendo que ativamente ir buscá-las para receber suas influências vivificantes.
E aqui retomo o tema dos ciclos solares, central nesse texto, e de que forma
eles influenciam os homens e suas energias.
As horas do dia próximas ao nascer do Sol determinam há centenas
de milhares de anos o início das atividades humanas. Seu ocaso no horizonte, o
cessar dessas atividades. À parte a insanidade moderna, onde o ritmo das atividades
é completamente influenciado pela lógica do capital, fazendo com que tenhamos
aberrações doentias como shoppings 24 horas e escalas de trabalho noturnas
tanto no setor de serviços como na indústria, à parte essas ocorrências meramente
circunstanciais (o capitalismo não é um destino, vale sempre lembrar-se disso)
o Sol marcava com clareza os limites do despertar e do recolhimento. Como em um
eterno ciclo, o Sol nascia e morria no horizonte, percorrendo o céu e nutrindo
o mundo com sua luz e calor. Não é por acaso que eclipses solares sempre foram
vistos como sinais de calamidades: a interrupção da luminosidade solar no
momento em que sua força estava no auge, alterando um ciclo ininterrupto
diário, só pode ser o aviso de que algo terrível acontecerá. Como ficar sem a
luz do Sol?
Além do ciclo diário de morte e renascimento, há o ciclo anual das
quatro estações. Aqui voltamos aos momentos de mudança dos solstícios e
equinócios: marcando o movimento de translação da Terra, o ciclo perpétuo de primavera,
inverno, outono e verão tem nesses eventos um símbolo importante, que podemos ver
como marcos da vida e nos conectarmos para deles extrair todas as suas influências
transformadoras. Interessante notar a simbologia do número quatro, que tem os
atributos da estabilidade, da realização e da solidez com a Terra, o
mais firme dos elementos: o ciclo das quatro estações, do percurso completo ao
redor do Sol, como símbolo da plena Realização. E também aqui é interessante
apontar a etimologia de “sólido”, que vem do latim solum, cujo
significado é firme e que, como é fácil concluir, tem sua origem na palavra “sol”.
Conectar-se plenamente com todas as estações é uma forma excelente
de vivenciar a energia solar em sua plenitude. Não apenas comemorar os
solstícios e equinócios como formas de conexão com as forças do Sol, refletindo
sobre o significado de cada estação e como elas tem atributos que tem muito a
dizer sobre nossa própria energia masculina, mas em comungar com tudo que cada
estação tem a oferecer – os dias longos do verão, o odor das flores primaveris,
a brisa gélida do inverno e a serenidade do outono. Comer os fruto e legumes das
estações também é uma forma de ter contato com as energias solares em sua essência
mais generosa, pois fazendo isso estamos literalmente construindo nossas reservas de energia
com Sol em forma densa. Essa aliás é uma dimensão perdida graças ao processo de
urbanização, que deslocou massas imensas de pessoas das regiões interioranas de
todo o planeta para arremessá-las no pesadelo das grandes cidades onde o abastecimento
de alimentos, garantidos pelos supermercados, não só se faz majoritariamente
por produtos industrializados, como também degenerou a própria forma de
produção agrícola a um ponto tal onde temos oferta de todas as frutas e legumes
o ano todo graças a legiões de agrotóxico, cujas extensão de uso não temos nem
como saber de fato. Restabelecer ciclos de consumo alinhados com as estações,
fugindo do veneno do agronegócio sempre que possível, é uma maneira
interessante de estarmos conectados com a energia solar. Como dito no início
desse texto, a minha perspectiva é radicalmente da Tradição, onde diferenciações
entre aspectos naturais e espirituais são meramente aparências – no final, tudo
está conectado.
À parte tais sugestões práticas, tomar o recente Solstício de
Verão como símbolo de renovação é o que eu gostaria de celebrar como principal
presente de 2020. Primeiro ano da pandemia do Covid-19, ano que arremessou a
todos no isolamento forçado, destruindo planos e vidas aos milhões, tomo o
símbolo do Solstício como marco decisivo da renovação verdadeira, construída
após meses de isolamento, erros, sofrimento e contato intenso com as obscuras
energias lunares, que me puxaram para seus labirintos perigosos, onde quase me
perdi, onde faltou realmente muito pouco para me perder de forma quase
completa. Foi necessário sangrar muito, foi necessário ir fundo nas feridas
expostas, para que as seivas de energia lunar fossem finalmente recolhidas nas
taças construídas com os crânios dos meus Eus assassinados. Delas sorvi em companhia
daquilo que Jung chama de Sombra, e que tantos nomes teve ao longo da história
do mundo. E especificamente nesse processo de autoconhecimento, mergulhando nas
águas argênteas do caos lunar, conheci a minha polaridade feminina em toda a
sua eletrizante exuberância apenas para melhor viver a minha masculinidade, consciente
de suas limitações, mas também de suas qualidades; daquilo que é necessário
controlar, e do que é necessário compartilhar; daquilo que devemos tomar como
herança feliz do passado, e do que devemos observar com distanciamento para em
seguida esquecer. Como, em suma, encontrar o equilíbrio entre nossas
polaridades para realizar a nossa masculinidade em toda a sua exuberância solar
criadora e afirmativa; tornar cada dia um símbolo do mito de morte e
renascimento, e sugar deles o máximo que tem a oferecer; aprender com o Sol
como ser consistente, sereno e disciplinado; fazer planos e realizá-los
soberanamente, com a consciência em sintonia com os ciclos eternos que emolduram
nossa vida de formas tão gigantescas e que, atribulados por tantas e tão grandes
distrações no cotidiano, acabamos por esquecer; que 2021 seja um ano, enfim,
onde aprendamos a ser como o Sol, e façamos de nossos dias uma celebração das
infinitas energias solares e suas numinosas influências, influências que fazem
explodir, em mil formas de Vida, as potencialidades que recebemos dos mistérios
lunares após tantas provações.